Com camisinha pode tudo, inclusive morrer…

Há uma banalização da sexualidade ancorada no uso da camisinha. “usou camisinha, pode tudo!”. Estudos recentes do CDC, centro de controle de doenças, nos EUA, revelaram que o preservativo pode falhar em até 20% dos casos, a OMS, mais modesta, optou por 5%. A média dos estudos é de 10 a 12%.

Em geral culpa-se o usuário pelo mau uso. Oras! O projeto de um produto também deve prever mau uso, é a máxima do design e da engenharia. Seres humanos não são perfeitos.

Uma recente campanha, ainda em voga, do governo federal incentiva claramente os jovens a terem uma vida sexual, inclusive com soropositivos. É visível no cartaz um jovem de 21 anos soropositivo e uma pseudo-celebridade brasileira, fazendo apologia a uma sexualidade exacerbada. Gostaria de saber como ficaria a consciência desse rapaz, se soubesse que perpetrou sua condição para outras pessoas, certamente ele ficaria arrasado.

É óbvio que o Governo Federal não arcará com as consequências indesejáveis de sua própria campanha, como estouro de preservativos, esquecimento do mesmo, ou pior: Sabe-se que culturalmente, jovens bebem antes de transar, e tentar negar a bebida é como negar o próprio sexo, então sabendo-se disso, é lógico o aumento das possibilidades de haver falha no uso do preservativo. Mas o governo federal, e a corja de médicos do “pode tudo”, amplamente ancorados pela “ciência pasteurizada”, não levam em consideração a sociedade em que vivemos e suas características culturais. Lamentável…

É óbvio que o governo segue a cartilha da OMS, é óbvio que há deturpação, é óbvio que psicólogos aceitam comportamentos promíscuos…Na lei do “pode tudo” a camisinha evolui de método de controle de doenças eficaz, não nego, para perfeito e as pequenas margens de erro significam vidas destroçadas, irrelevantes para as autoridade de saúde pública. Afinal, 5% equivale aos cordeiros, a quem, arbitrariamente, foi legada a função de sacríficio em prol dos 95%.

Não estou negando que há a redução da infecção pelo HIV, com o uso adequado do preservativo, antes disso, recomendo enfaticamente que usem o preservativo, é empírico, ele funciona. Mas o que contesto é a permissividade que se propõe com esse método de controle, como se fosse perfeito, e o descuido com a margem de erro, que, eventualmente, significa vidas humanas perdidas.

Os médicos simplesmente estão desconsiderando que pessoas são falíveis,  e que tendo muitos parceiros, falhando no uso do preservativo, aqui e acolá, terão muito mais chances de contrair DST’s gravíssimas, como a própria AIDS.

Você, caro leitor, inclusive caro leitor cético, também, para quem a ciência é um dogma, pode está pensando que estou sendo anti-científico, porém tudo que falo é amparado pelos estudos dos próprios proponentes do “amor livre”. Senão vejamos este trecho do folheto do FDA, órgão do governo americano que regula medicamentos e alimentos:

”A maneira mais segura de evitar estas doenças (sexualmente transmissíveis) é não praticar o sexo (abstinência). Outra maneira é limitar o sexo a somente um parceiro que também se compromete a fazer o mesmo (monogamia). As camisinhas não são 100% seguras, mas se usadas devidamente, irão reduzir o risco de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS.” (http://www.fda.gov/cdrh/consumer/condom-brochure.pdf)

Sou totalmente contrário a que se deixe de praticar sexo, não sou homofóbico, e por mim que cada uma ame como e por onde quiser. Não estou levando em consideração minhas convicções religiosas, o que estou querendo dizer é que há um risco e esse risco está sendo negado, e o pior, não está sendo divulgado. Quem pratica sexo sem preservativo, está 1oo% exposto, mas quem pratica sexo com preservativo não está 1oo% protegido. Isto é empírico, também. Portanto considero que vale a pena num relacionamento o diálogo, a monogamia, e não o casamento, celibato, abstenção, o que for, necessariamente, e a procura por uma vida sexual saudável permeada pelo uso racional da camisinha como proteção eficiente, inclusive para o controle de natalidade.

Em tempos, não sou favorável a conduta da Igreja Católica ou das denominações protestantes,  totalmente contrárias ao uso do preservativo, não acredito que o vírus passe pelo poro da camisinha, porque já foi provado que não passa. A discussão aqui é sobre a percentagem de falibilidade da camisinha e da interação da mesma com o seu usuário, e como essa percentagem está sendo desconsiderada pelas autoridades. Assim como sua propaganda está incentivando uma sexualidade exacerbada em jovens e mesmo pré-adolescentes.

É claro que em determinadas condições a discussão sobre uma sexualidade salutar não convém, como no caso das prostitutas e demais grupos de risco. Eles não vão reduzir parceiros, eles não vão abdicar de sua vida profissional atrelada ao sexo, então fica claro que devem, obrigatoriamente, usar preservativo, porque, mesmo que o mesmo não seja 100% eficaz, sem ele a taxa de disseminação de doenças será brutalmente maior.

E então, caro leitor. É “totalmente”, e friso essa palavra, responsável a propaganda permeada pelos veículos de comunicação e pelo Governo Federal, sobre os métodos para a prevenção da infecção pelo HIV? Gostaria de saber a sua opinião.

De antemão deixo minha opinião: Acredito no condom, como método eficaz na prevenção de doenças sexualmente transmíssiveis, mas não isoladamente e sim dentro de uma política voltada para uma sexualidade saudável, onde há diálogo e redução do número de parceiros.

4 comments

    • Matos, fica registrado sua demência jumental. Como não tem argumento pra me rebater eu sou “burro e ignorante”, ou seja ad hominem. Lamentável, o nível em que chegou a esquerda brasileira.

  1. “[…]isto e uma merda. voces so dixem ixo porque a voxa mae deve ter morrido ao pinar convosco. ou entao nao so convosco mas com toda a populaçao de onde voxes vivem”

    Você fala miguxês ou gálego?

  2. isto e uma merda. voces so dixem ixo porque a voxa mae deve ter morrido ao pinar convosco. ou entao nao so convosco mas com toda a populaçao de onde voxes vivem. e depois ela descobriu de que já toda a gente sabia k ela era uma prostituta e PUMBA, morreu… como poxo eu ter a certaza de k voces nao sao gays ou lésbicas. eu tb ja tive sexo e os meuscolegas n se queixaram… o sexo e bom mas as vexes a segurança n importa. o k importa é opraxer.

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